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24/12/2019 às 10h10min - Atualizada em 24/12/2019 às 10h10min

Polícia de MS desarticula quadrilha prestes a praticar o maior assalto a banco do país

Fruto de pelo menos seis meses de investigações, a ação resultou na prisão de sete pessoas

O Pantaneiro

A Polícia Civil apresentou, na última segunda-feira (23), parte de uma organização criminosa que, na madrugada de domingo (22), tentou assaltar a Central do Banco do Brasil, localizada no Bairro Monte Castelo, em Campo Grande.

A ação desencadeada pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras) impossibilitou que a quadrilha conseguisse ter acesso aos cofres da agência bancária. Estimativas apontam que cerca de R$ 300 milhões pudessem ser levados em caso de sucesso dos criminosos.

Fruto de pelo menos seis meses de investigações, a ação resultou na prisão de sete pessoas. Outros dois criminosos foram mortos durante troca de tiros no momento da abordagem.

De acordo com o delegado João Paulo Sartori, a quadrilha pode ter gasto em torno de R$ 1 milhão para estruturar a ação. O valor estimado se refere a pagamento das pessoas que cavaram o túnel, aluguel de imóveis pela cidade, contas de água e luz que teriam sido criadas por meio de documentos falsos, alimentação, entre outros. Estima-se que cerca de 25 pessoas estejam envolvidas.

O imóvel, situado na rua Minas Gerais – próximo à agência bancária no bairro Coronel Antonino, é um galpão cercado por empresas, o que ajudou a não chamar a atenção das pessoas que trabalham ou moram na região.

"Eles alugaram o local com uso de documento falso e, a princípio, o proprietário não tinha conhecimento da ação criminosa. Depois, eles fizeram uma porta para tampar a vista da edícula e, em seguida, começaram a cavar túnel”, explicou o delegado.

Os criminosos fizeram uso de ferramentas manuais, de forma a produzir o mínimo de barulho possível. Até um macaco hidráulico foi utilizado para que o piso da sala onde o dinheiro estaria guardado fosse rompido sem que chamasse a atenção.

O túnel, de cerca de 6 metros de profundida e 70 metros de comprimento gerou aproximadamente 100 metros cúbicos de terra, que foi acondicionada em sacos colocados no galpão do imóvel.

Durante a coletiva de imprensa foram apresentados os criminosos presos, materiais utilizados na ação e veículos apreendidos.

Morreram na troca de tiros: José Willian Nunes Pereira da Silva (48) morreu no confronto; Renato Nascimento (42), um dos mentores do crime e responsável pela cooptação dos comparsas.

Estão presos na sede do Garras: Elaine Goulart de Cursio (36); Gilson Aires da Costa (43); Francisco Marcelo Ribeiro (41); Laurinaldo Belizário de Santana (51); Wellington Luiz dos Santos Júnior (28); Robson Alves do Nascimento (50) e Bruno Oliveira de Souza, de 30 anos, baleado durante confronto, ele está internado na Santa Casa, com ferimentos na mão.

Conforme o delegado Sartori, a ação policial faz parte da operação Hórus, desencadeada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, e que visa fortalecer o combate aos crimes na região da fronteira do país.

Ele explicou ainda que as investigações para identificar e prender os demais integrantes da quadrilha continuarão sendo realizadas.


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